Reunião Familiar

Alô amigos da Rede Global,

Já vou avisando que este é um post descritivo e pouco reflexivo, então pode parar por aqui se estiver procurando profundidade..

Passei a semana que passou conhecendo um lado da minha família que eu não conhecia. Esta foi a minha primeira viagem com o Otto, que está com 6 anos. Nós saímos de Seattle e pegamos um voo da Condor Airlines para Frankfurt. O nome da empresa aérea é adequado, pois não é muito facil sair do avião ileso, sei lá por que, mas eu esperava algo melhor de uma empresa alemã…mas baldeamos em FRA e depois de 6 horas de espera fomos para Friederichshafen, que é 50km da casa do meu pai. Chegamos perto das 22h e o Otto foi muito bem na viagem, praticamente dormiu todo o tempo e brincou na baldeação. O Aeroporto de FRA não é muito bom para baldeaçoes longas, mas nós brincamos de carrinho e ele se divertiu. Comemos um sanduíche e um pretzel…além de conferir uma McLaren MP4-12C de pertinho no free shop..eu não imaginava que era tão pequeno:

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Na primeira noite sentimos os efeitos do jet lag de 9 horas em relação à Seattle. Nem eu e nem o Otto dormimos muito bem. Quando começamos a dormir era hora de acordar…tivemos que acordar as 11:30 da manhã. Aliás demoramos uns 4 dias para conseguir dormir uma noite inteira.

Depois de um café da manhã reforçado com direito a uns 7 tipos de queijos da região fomos à labuta, bater perna no bom estilo novaiorquino…

Passeamos pela cidade que meu pai mora, Isny im Allgäu, uma cidade de quase 1000 anos, com um muro que circunda a parte antiga da cidade, bem pitoresco, mas deve ser bem comum das vilas européias da idade média. O nosso host foi o Hans, amigo de loonga data do meu pai. WP_002991

A cidade apesar de pequena, tem uma área industrial de respeito e muitos prédios históricos e também uma universidade com cursos de engenharia dentre outros. Cerca de 1000 estudantes na universidade. O maior fabricante de trailers (Dethleffs) fica nesta cidade, o fabricante de cordas de escalada, Edelrid também…e em Isny foi criado um centro de recuperação de feridos (ainda fruto da 2a. guerra) que lida com pessoas que sofreram acidentes graves e precisam re-aprender a viver com certas limitações físicas ou mentais. Muitos fabricantes de produtos para suportar este novo tipo de vida também estão na cidade.

Visitamos duas igrejas (uma protestante e outra católica) e uma área muito antiga (do ano 1060) que foi da ordem dos beneditinos e pegou fogo em 1691. Foi restaurada e hoje é um centro de educação para crianças com dificuldade de aprendizado. Na caminhada pela cidade ainda passamos por uma área que a cidade comprou e demoliu algumas casa para construir um mega hotel e no processo descobriu alguns sítios arqueológicos com vasos muito antigos. Eles vão ter que esgotar os estudos antes de construir o Hotel, atrasando o projeto em alguns anos, mas aumentando a atratividade turística da região

Ainda no final de tarde, fomos em um parque ao lado da nossa casa onde existe um clube de  planadores. Eles levantam voo através de um cabo gigante e  questão de metros já estão voando. Os voos demoravam cerca de 15 minutos, mas dependendo do dia e das térmicas eles podem durar 6 horas, voando sobre os alpes.  Vale dizer que a idade mínima é de 16 anos e que eles não aceitam dinheiro como pagamento pelas aulas, a única forma de aprender é pagar na forma de horas de trabalho voluntário para o Clube e a comunidade.

Depois de apreciarmos os planadores pousando e levantando voo, fomos caminhando até um mini-golfe para um torneio de 18 buracos entre o Otto o Opa e eu. Jogo apertado que o Opa ganhou, mas quem fez bonito foi o Otto no buraco 18. Um par dois bem dificil que ele embocou de uns 7 metros de distância, deixando todo mundo boquiaberto. Parzinho para o moleque.

No dia seguinte saímos para a Viagem para Sinsheim, cidade que fica em Baden-Baden, região famosa pela cidade de Heidelberg, que tem uma das universidades mais bem conceituadas da Alemanha. Esta região é conhecida também como berço de vários líderes da Alemanha, alguém lembra do Helmut Kohl? Então…

O meu avô, Opa Kurt’, é da cidade de Steinsfurt, que fica colada em Sinsheim.  O nosso plano era uma viagem de 3 horas, mas que na realidade foi mais para 4h e meia, pois, quem diria, temos trânsito nas famosas autobahn alemãs. Anda, pára, anda, pára…muita obra. O tempo estava bom, mas pegamos uma chuvinha merreca no caminho. O carro novo do Opa é muito legal, tem até robô que estaciona o carro sozinho, o que fez o Otto perguntar: “Pai porque a nossa Sienna não tem robô?” e a resposta foi o silêncio. Dêem uma olhada no carro aqui.

Em Sinsheim ficamos no Hotel Bär, que fica na rua principal (Hauptstrasse), hotel meio de família, mas que não é mais de família, está meio lá e meio cá. Encontramos o Gui, o Chico e a Léa…eles tinham acabado de fazer a reunião de inauguração da reunião da família Weil. E fomos jantar juntos em um restaurante que se chama Linder, no centro turistico de Sinsheim. O Otto ficou maravilhado com o Chico e o Vuns-Vunsch e até sentou ao lado do Chico no jantar. Ele voltou chamando o Chico de Chico-pinico e imitando o Chico falando japonês…Comi um Spätzle com queijo que tinha gosto da Alemanha…conversei com o Carlito (primo da Argentina) que sabe tudo da família. Ele é casado com a Mizi, uma senhora muito simpática e querida. Ele me contou um pouco da árvore genealógica…

Dia seguinte saímos para conhecer o cemitério judaico perto de Weibstadt e nesse processo conheci o Siggy e Eric, duas peças chaves desta reunião da família Weil. Explico agora o porquê e o que entendi da estória…

Em um projeto da escola de Weibstadt, o Siegfrid Bastl, que é o professor de filosofia (eu acho) percebeu que muitos alunos tinham interesse e perguntas sobre o que aconteceu durante o 3o. Reich. E durante a discussão levantaram as questões sobre o que teria acontecido às famílias de judeus da região. Por coincidência em Weibstadt está situado o cemitério judaico da região, de mais de 500 anos (!!)  e um mausoléu semi-carcomido se situava logo na entrada do cemitério. O que aconteceu com as sinagogas da região? Muitas questões foram levantadas e começou finalmente o processo de pesquisa. Foi fundada uma organização para os estudos judaicos da região e os alunos em conjunto com os professores começaram a levantar dados históricos. Concomitantemente começaram a levantar fundos através de eventos para ajudar na restauração histórica dos monumentos judaicos da região. Vai ser impossível eu explicar todo o processo, mas vou colocar no final do post um artigo que saiu no jornal na ocasião da primeira reunião da família em 2002, e quem sabe dá para entender melhor. (Aqui)

No cemitério o Otto correu na lama e vimos o túmulo do meu Bisavô, o nome dele era Adolf Weil e ele morreu em 1931…IMG_0201eu andei um pouco pelo cemitério e foi um momento bem instrospectivo para mim. 500 anos de história estão enterrados ali…no meio de uma floresta cheia de musgos em um parque da cidade. São túmulos e túmulos de judeus da região, cada um deles com uma estória. Depois de andar pela floresta fomos para uma construção que fica no arredor do cemitério, este é o Mausoléu do Hermann Weil, que foi o irmão mais novo do meu bisavô, Adolf Weil. Ele foi um cara muito bem sucedido e ficou muito rico com o comércio de grãos durante a primeira guerra mundial. A empresa dele foi fundada na Argentina e foi muito grande para a época. Ele ajudou a recuperação da primeira guerra com uma doação de 120 milhões de marcos, algo ao redor de USD 1 Bilhão em moeda atual. Mais sobre a estória dele aqui.  O filho dele, o Felix Weil fundou e bancou o Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt, de onde surgiu a Escola de Frankfurt  (um livro interessante aqui) que teve vários notáveis participando do movimento, entre eles o Erich Fromm, figura importantíssima (inclusive ganhador do premio nobel) para o estudo do desenvolvimento e comportamento humanos. Fala sééério…a única descendente direta ainda viva é a Doris, que é música e vive em Londres hoje em dia. Veja que bacana um vídeo dela …

Doris Brendel que conhecemos na visita da família Weil…gente boa!

 

Aqui neste site tem um pouco da história da família Weil em Steinsfurt. E também fala um pouco da Sinagoga de Steinsfurt que visitamos também…

Saido do cemitério, seguimos para a prefeitura de Weibstadt e almoçamos com o prefeito. Com direito a assinatura do livro da cidade (a Doris Brendel). O Ottão se comportou bem no almoço, mas cada discurso estava mais difícil do guri se controlar, pois não entendia nada do alemão e queria sair para brincar. É muita energia acumulada e o fuso ainda estava pegando…

Quando voltamos para o Hotel à tarde ficou claro que o Otto não ia conseguir seguir a programação. Em 5 minutos ele adormeceu e só acordou as 4pm…saímos então para procurar um lugar para ele soltar o helicóptero, daqueles que giram com uma corda e saem voando…achamos um aeroporto de planador, praticamente no meio da cidade…foi muito legal. Andamos e achamos a biblioteca da cidade com um monte de atividades para crianças, inclusive um programa de leitura e atividades, onde os pais deixam as crianças por 2 horas todos os dias na biblioteca pública, com monitores. Acho que era dos 3 aos 5 anos…

Comemos em um restaurante Turco que o Otto adorou…tipo uma pizza de espinafre com queijo branco…um restaurante bem simples, mas honesta a comida.

No dia seguinte fomos novamente para o Cemitério de Weibstadt, onde teve a cerimônia de reinauguração do Mausoléu (video aqui, se você fala alemão) e de lá fomos para o centro cívico da cidade onde as pessoas fizeram uma série de discursos, sendo que o destaque na minha opinião foi da Dr Lily G. Feldman que estuda relacões germânicas na Universidade John Hopkins e discurso da Marianne Sekulow-Weil. O interessante é que a primeira falou sobre o processo de reconciliação com o passado, quais são os passos para que a reconciliação aconteça e fez uma exposição suscinta da teoria, já a segunda, contando a estória particular dela durante o nazismo e nos anos seguintes depois de imigrar para os Estados Unidos, fez uma demonstração prática da teoria exposta anteriormente….o detalhe é que uma não sabia do discurso da outra…

Após a série de discursos, que o Otto pediu para sair e ir brincar com um cachorro lá fora , fomos para uma instituição de caridade ligada a uma igreja que providenciou e nos serviu comida.  Aqui o Otto conheceu a Lia, filha de uma prima distante que mora em Israel…detalhe: a Lia só fala hebraico e ela e o Otto conversaram horas (??), nós também vimos a casa do Petersson, onde o Findus mora…mas infelizmente ele não estava em casa…Neste almoço conversei com a Doris um pouco mais e também um pouco com o Ronald (Ronny), um primo distante que tem uma distribuidora de queijos.

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Tivemos a tarde livre e fomos andar pela cidade. Jantamos em um restaurante italiano do lado do Hotel.

No dia seguinte fomos para Steinsfurt onde visitamos a sinagoga que foi restaurada (apenas para ficar como era logo após os nazistas destruírem). Toda esta viagem eu consegui sentir as coisas que normalmente a gente só vê nos filmes…como a crueldade humana é ilimitada, mas também como a cura é possível. Uma cura que deve atravessar a dor e a vergonha para chegar em um outro ponto e ser transformada em outro tipo de energia. Nunca ignorar o passado, mas entender e aprender com ele para que nunca se repita. Nessa viagem consegui entender que a cura é possível mesmo entre gerações e isso necessita flexibilidade dos dois lados, muita flexibilidade,  compaixão e paciência. A nova geração, pelo que pude perceber, não está disposta a olhar para o outro lado quando se trata do passado e com isso ajuda a curar as feridas não cicatrizadas porém ignoradas por muito tempo…e sem a agressividade de 68.

Em Steinsfurt andamos e visitamos a casa onde meu Avô nasceu. E que é onde mora o Sr. Hans Appenzeller, que escreveu o livro sobre o Hermann Weil. Ele não saiu da casa, mas estava presente na Sinagoga na parte da manhã. Ele tem mais de 90 anos e foi figura instrumental em todo o processo de pesquisa com os alunos.  Quando estávamos caminhando vimos uma nogueira e colhemos nozes (walnuts) do chão para comer. Deliciosas…o Otto adorou.

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Na recepção com almoço as crianças da cidade tocaram para a gente e Ottão ficou brincando com um carrinhos dos filhos de uma das professoras que correu em casa para pegar as duas caixas de brinquedos para entreter o pequeno. Um gesto muito bacana típico de mães…tiramos a tradicional foto com toda a família e depois voltamos para o Hotel.

À tarde fomos ao museu de tecnologia de Sinsheim, muito carro, muita moto e aviões dos mais diversos tipos…mas o que Otto mais gostou foram as locomotivas antigas. Vimos diversos carros de fórmula 1 e uma raridade: um carro da Copersucar, a única empreitada brazuca na F1.

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Depois do museu fomos direto de carro para um restaurante em uma cidade vizinha e o Otto conheceu o Elijah, que ficou amigo de longa data em apenas 1 minuto. Eles brincaram horas e desta vez em Inglês, visto que o Elijah é filho de americano com alemã. Foi muito bacana ver os dois brincando juntos…espero que um dia eles se encontrem novamente.

Bom, por enquanto é só…

Namaskar!

MW


By Michael Ollove
Sun Staff
June 22, 2002
Kristallnacht came a bit late to Marianne Sekulow’s German hometown.
While the state-ordered rampage against the Jews commenced elsewhere in the country late on Nov. 9, 1938, the night passed as quietly as all previous ones in the remote farming village of Steinsfurt.
By the next morning, though, Hitler’s emissaries – both the SS and gangs of teen-age sadists – seemed intent on making up for their tardiness. The Night of Broken Glass was not destined to end with daybreak.
The Brown Shirts marauded through the narrow streets of tiny Steinsfurt that morning, crashing into Jewish homes to smash furniture and housewares and inflict the occasional beating. In Marianne’s home, one of the soldiers improvised an inspired coup de grace – he urinated on the broken pottery he had just smashed on the living room floor.
Outside, hundreds upon hundreds of feathers floated gently in the air, ripped free from the mattresses destroyed in Marianne’s house.
Somehow, the community’s tiny synagogue survived that day. Apparently, the Nazis gave some thought to burning it down until realizing that (a) its ownership had recently passed into the hands of a bona fide Aryan, and (b) its central location all but guaranteed that much of the town would end up incinerated with it. Prudently, the thugs contented themselves by shattering the synagogue’s windows, although one enterprising sort also drilled a huge hole into one of the cornerstones under the mistaken belief that the Jewish community had secreted all its wealth there.
The worst was yet to come that day: the arrests of most of the Jewish men in the village. “They rounded them up,” Marianne recalled, “abusing them if they didn’t do exactly what they said, and marched them away.”
Among the men sent to Dachau that day was Karl Weil, the father of 5-year-old Marianne. So, too, were four other Weil men, Joseph, Max, Siegfried and Leopold. (The SS corralled the latter two, who had escaped into the countryside, by threatening to hang their elderly father alongside the slabs of meat in the window of his butcher shop.)
At the time of Hitler’s ascension to power in 1933, 33 Jews lived in Steinsfurt, all of them related to the Weils, whose roots in the town dated to the 18th century. The Weils virtually were the Jews of Steinsfurt.
After the war, the only Weils left in the Steinsfurt area were in the old Jewish cemetery outside town.
Many left before 1938, and for the remainder, Kristallnacht was the final prod necessary. After Karl Weil’s yearlong imprisonment at Dachau, Marianne’s family fled Germany and eventually settled in Dubuque, Iowa. Other Weils also emigrated, dispersing and prospering around the globe, in Palestine and Great Britain, in Central and South America, and in the United States.
All but 13 got away safely. Those 13 perished in the approaching Holocaust.
Nearly 70 now, elegant and warm, Marianne thinks of the Weil family experience in the past 75 years as essentially a microcosm of Jewish history in the 20th century, complete with genocide and modern diaspora.
This weekend, the Weils are adding an important postscript. Largely through Marianne’s efforts, the Weils are reuniting in Fort Lauderdale, Fla., in what is most certainly the largest family gathering ever held outside their ancestral home in Steinsfurt.
It is time for such a gathering, Marianne said last week in her Pikesville home as she prepared to leave for Florida. As her generation ages and dies, she says, it’s important to finally comprehend what happened to the Weils. “Before, it was about survival; we couldn’t afford to look back, only forward. But now, it’s time to look at the past, to understand our history and pass it on to our descendants so they will not forget the past.”
The past was something that Marianne’s father was resolute about not discussing. Both Marianne and her older sister, Ruth Winick, say Karl Weil emerged from Dachau a changed man, fearful, haunted, broken. Never again did he go to sleep without opening a window, no matter how cold it was outside. “He always had to have a way out,” Ruth says.
Karl Weil spoke about Dachau only once or twice that his daughters remember, although for several years he hung onto his striped prison uniform with the yellow star. Marianne only learned the brutal details of camp life when she happened upon a book written by a man who had been a prisoner in Dachau at the same time as her father.
At the time, there seemed little reason to rehash old events. After moving to Dubuque, Karl was busy enough trying to make a living as a cattle dealer – his old occupation – and earning enough to buy a home. The family kept in touch with some of the other scattered Weils, particularly those in the Midwest, but for the most part, the rest seemed lost to them for the ages.
Silence about the Nazi nightmare was common in the homes of other Jewish survivors, including many of the Weils. “In my house growing up as a little boy in Chicago, German was spoken all the time,” says Robert Balkin, a university administrator in Mexico City whose mother is Marianne’s cousin. “But Germany, I never heard a word about it.”
Marianne had plenty to occupy her without delving into the past – college, a career in nursing, marrying, raising three children, widowhood at a young age, and then a second marriage and grandchildren. But after she and her husband, Erv Sekulow, a longtime administrator at the Johns Hopkins University, retired, she decided to write her memoirs. It was then that she realized there was much in her own personal story she did not know.
So she began contacting the relatives she did know, and those inquiries led to relatives she didn’t. Soon she had assembled a lengthy list of Weils, including a distant cousin in Mexico improbably named Chico Weil (possibly making him the only Jew other than a Marx brother named Chico). After discovering that they both had grown daughters living in the Houston area, they arranged a meeting in 2000. That’s when they hatched the idea for this weekend’s reunion.
For the event, Marianne put together a family tree containing more than 800 names and dating to the family patriarch, Loew Feis-Weil, a horse-dealer, and his two brothers, Moses and Isaac, who appear to have settled in Steinsfurt in the mid-18th century.
Marianne’s research led in other unexpected directions, none more so than one ending in the personage of Siegfried Bastl, a 54-year-old mathematics and geography teacher who lives in Baden, the same region of Germany as Steinsfurt. Bastl long believed that Germans today find it too easy to forget the darkest aspects of their history, particularly because there is no one around to remind them of it.
“Really, people in general have no thoughts about this story because there are no Jewish people living here anymore,” he said this week by phone from Germany.
So Bastl took it upon himself to remind Germans, or at least his students. He conducts workshops, arranges speakers and organizes events designed to teach about the Jewish life that once existed in the Baden area. Two years ago, on the anniversary of Kristallnacht, he held the first of what he hopes will become an annual memorial service at the mausoleum of Herman Weil, a wealthy grain merchant, one-time adviser to Kaiser Wilhelm II and philanthropist who died in 1927. (With part of the family fortune, Herman’s son Felix founded the influential, leftist school for philosophical thought, the Institute of Social Research in Frankfurt.)
Bastl’s research on Steinsfurt’s Jewish past and Marianne’s on her family’s history brought the two together by way of the Internet. Learning of the coming reunion, Bastl offered to prepare a videotape that shows the Steinsfurt homes where Weils had lived as well as shots of the Jewish cemetery and the synagogue, which is now a warehouse strewn with debris. He has also included footage of last year’s memorial service at the Weil mausoleum in which German students sang a hymn in Hebrew and lighted candles.
Bastl has possibly been the most heartening discovery for Marianne. She had twice visited Steinsfurt, in 1956 and 2000, each time going only with reluctance. “I had very hostile feelings about Germany. It was not a place I wanted to spend my money.”
While she was received warmly by those who remembered her family, she felt the townspeople were happy to bury the ugliness of the past. She visited her girlhood house, which the neighbors had taken over after the Weils vacated. That family still lives there, and while greeting Marianne enthusiastically, she was struck by all that was not said. Also by what she saw on the wall: a photograph of three grinning young men, including a now deceased member of this family. The men were dressed in Nazi uniforms.
Both trips upset Marianne. “Going back, it was almost as though nothing had happened between 1933 and 1945. It was all empty, emotionless.”
That is why she is so looking forward to meeting Bastl, who is attending the reunion to present the videotape. “To me, he is the light at the end of the tunnel, a Germany that confronts its past.”
About 75 family members are expected to attend the reunion, including those coming from Mexico, Brazil, Argentina, Britain and Israel as well as all parts of the United States.
It will be like many family reunions. Many will meet for the first time. They will reminisce about those they know in common or those they have only heard about. They will summarize their lives and show pictures of children and grandchildren.
But, there will be an unusual overlay at this reunion, a shared knowledge not only of what was lost but of what was averted. This is, after all, a family reunion that Adolf Hitler did all he could to prevent.
As Michael Schaffer, one of Marianne’s children, wrote in an e-mail, “The very existence of our family, and our ability to get it back together, are incontrovertible evidence that the Third Reich failed.”
Seen that way, the gathering of the Weils of Steinsfurt this weekend in Fort Lauderdale is as much triumph as reunion.

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